Bruxelas diz que défice pode chegar aos 7,5% por causa do BES

De acordo com um relatório da União Europeia divulgado hoje, o défice poderá chegar aos 7,5% do PIB em 2014 se a capitalização do Novo Banco for incluída nas contas. Se não, o cenário não é melhor, porque Bruxelas considera que mesmo com o enorme aumento de impostos e com uma receita fiscal bem acima do que havia sido previsto, o governo de Passos e Portas não conseguem chegar ao défice de 4% se não utilizar “medidas extraordinárias”, leia-se privatizações.

A Comissão Europeia avisa mesmo que o governo tem de por em prática desde já novas medidas de austeridade que substituam as que foram chumbadas pelo Tribunal Constitucional, no valor de 1,8% do PIB.

Assim, depois de Passos, Maria Luís Albuquerque, ministra das Finanças, e o governador do Banco de Portugal terem dito que não iríamos sentir o resgate ao banco de Ricardo Salgado e depois de PSD e CDS terem tentado passar a ideia de que este novo orçamento para 2015 era o orçamento do alívio da austeridade, vemos que afinal não. Vamos pagar o buraco do BES, como admitiu Passos na última sexta, na dívida e no défice, através da austeridade.

Bruxelas explica tudo: é para manter o aperto e ainda este ano o cinto vai ganhar um novo furo.

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