CGTP entregou petições na Assembleia da República
A CGTP entregou hoje duas petições na Assembleia da República, que obrigarão o parlamento a discutir, por um lado, as regras para o acesso ao subsídio de desemprego e a degradação das pensões de reforma e, por outro, a existência e persistência dos paraísos fiscais.
Carvalho da Silva justifica (aqui, com audio) um apelo popular pela alteração das regras dos subsídios de desemprego com a grande fatia de desempregados que não tem qualquer apoio, nomeadamente os desempregados de longa duração, “que já viram esgotados todos os seus recursos”, bem como os atingidos pela precariedade, “que é de tal ordem que não conseguem formar o tempo mínimo necessário para ter acesso ao subsídio social ou ao subsídio de desemprego”. A petição reivindica também a revogação do chamado “factor de sustentabilidade”, “que reduz o valor real das pensões de forma progressiva e acelerada” e ainda a alteração das regras de actualização das pensões e prestações.
A CGTP havia já afirmado nos últimos dias que uma das principais causas do desemprego é a precariedade, exigindo medidas urgentes de combate a ambos os problemas, cada vez mais ligados.
Carvalho da Silva entregou ainda a Jaime Gama uma petição que exige “a urgente eliminação dos paraísos fiscais”, perante os perigos evidentes da “economia de casino” e as consequências desastrosas a que vimos assistindo. O texto denuncia a zona franca da Madeira, que “tem servido para proteger os interesses do sector financeiro”.
Carvalho da Silva pede urgência no agendamento das petições, sugerindo que ela deve ocorrer ainda antes da discussão do próximo Orçamento de Estado, garantindo que as medidas propostas têm “impactos [financeiros] muito diminutos comparados com outras medidas (…) para servir interesses de grupos que são altamente previligiados na sociedade”: “é uma gota de água em relação ao que tem sido gasto com os grandes detentores da riqueza”.
ver também:
– a entrega das petições no site da CGTP
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