Gestores fizeram milhões no ano da crise

De acordo com os jornais de hoje os salários dos gestores portugueses cresceram em média 4,4% em 2011, ano em que a troika entrou no país. Na verdade, se os administradores das 44 empresas do PSI20 ganharam em média mais de 290 mil euros, foram encontrados 30 gestores de grandes empresas que ganharam acima de um milhão de euros nesse ano. Um dos gestores terá mesmo ganho mais de 2,7 milhões de euros num só ano, ou seja, 400 vezes mais do que alguém que ganhou o salário mínimo.
Assim, se houve quem tenha vivido e continue a viver acima das possibilidades do país foram os gestores das grandes empresas a funcionar em Portugal e que até já levaram a tributação dessas empresas para outros países com regimes de tributação mais favoráveis.
Estes gestores têm nomes que todos conhecemos e todos os dias os ouvimos dizer na televisão que é preciso mais esforço e salários mais baixos para sair da crise, ou “mais competitividade”, como lhe chamam. Mas António Mexia (EDP), Belmiro de Azevedo (Sonae Indústria), Jorge Coelho (Mota-Engil), Paulo de Azevedo (Sonae), Ângelo Paupério (Soanecom), Zeinal Bava (PT), Pedro Soares dos Santos (Jerónimo Martins), Ricardo Salgado (BES), Vasco de Melo (Brisa), Paulo Fernandes (Altri), Nuno Amado (BCP), Fernando Ulrich (BPI), Rui Cartaxo (REN), João Manso Neto (EDP Renováveis), Ferreira de Oliveira (Galp), Pedro Queiroz Pereira (Semapa), José Honório (Portucel) ou Rodrigo Costa (Zon) aumentaram e não diminuíram os seus salários.
Eles e estas mega empresas vivem à custa do nosso desemprego e precariedade e não contribuem com nada para saída da crise. Apesar disso, Passos e Portas continuam a estender a passadeira vermelha.
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