Greve na Groundforce: empresa utiliza precários para minimizar o impacte
Ontem ocorreu o primeiro dia de greve na empresa de handling da Groundforce contra a degradação das condições de trabalho. O SITAVA, sindicato que convocou a greve, fala de uma adesão acima dos 80%, com atrasos em todos os voos durante o dia. A Groundforce terá utilizado trabalhadores precários, sob ameaça, para reduzir o impacto da greve.
Fernando Henriques, do SITAVA, acusou a empresa de ter convocado um “batalhão” de precários para substituir quem fez greve, sob intimação de não abandonarem o local de trabalho sem autorização dos supervisores. O sindicato denunciou a utilização de trabalhadores a recibos verdes e através de empresas de trabalho temporário. O sindicato denunciou ainda à Autoridade para as Condições de Trabalho que houve trabalhadores admitidos em pleno dia de greve.
Houve atrasos de entre 10 e 50 minutos verificados em todos os voos . A Groundforce não fez qualquer comentário à utilização de precários, mas o porta-voz improvisado disse que os atrasos verificados em todos os voos não tinham nada que ver com a greve, mas sim com atrasos normais no funcionamento do aeroporto.
Esta greve ao trabalho extraordinário e aos feriados foi convocada em protesto contra a má organização do trabalho, a construção dos horários e as suas sucessivas alterações. No entanto foi aprovado no passado dia 1 de Agosto uma moção prevendo 3 dias de greve – a 30 e 31 de Agosto e a 1 de Setembro.
by