Israel: governo de direita enfrenta contestação social

Mais de 250.000 pessoas em Tel Aviv, 30.000 em Jerusalem, vários milhares noutras cidades, varreram Israel com as maiores manifestações da história recente do país. Vários artistas juntaram-se aos protestos e actuaram em Tel Aviv e Jerusalem juntando as suas vozes aos gritos de palavras de ordem vindas do mundo Árabe, “O povo exige justiça social”.

A onda de protestos é liderada pela classe média de Israel, atingida fortemente pelo elevado custo de vida, como o acesso à habitação, comida, gasolina ou a sobrecarga fiscal sobre o trabalho.Ao mesmo tempo, uma onda de austeridade e corte sobre os serviços públicos contrastam com o crescimento do fosso entre ricos e pobres. A proposta económica tem assim o seu espelho, consequências idênticas, um pouco por todo o globo.
Milhares de tendas nas ruas de norte a sul do país, compõem um quadro familiar das manifestações recentes.
Os manifestantes afirmam que “Os governos têm se preocupado demais com terror e as guerras e esqueceram o que a população precisa”. “Os políticos têm que pensar no que é melhor para todos, e não nos seus próprios interesses. Afinal, foi assim que começamos a construir esse país”. 
As palavras de ordem, partilhadas por vários povos do mundo, chegam a Israel: “As pessoas em vez dos lucros”, “Alugar casa não é um luxo!” ou “Heróis da classe trabalhadora.”
Enquanto isso, a extrema-direita Israelita, instalada no poder político e também a principal força de ocupação de território palestiniano, aproveita a oportunidade para propor o alargamento dos colonatos em território palestiniano, como forma de baixar o preço das casas. O salário médio é de cerca de 1.800 euros. Professores e assistentes sociais recebem, em geral, menos de 1.400 euros. Ao mesmo tempo o aluguer de um apartamento de três quartos custa, no mínimo, 1.000 euros na capital.
Devido à força e continuidade dos protestos o Parlamento de Israel, o Knesset, foi forçado a convocar uma sessão extraordinária mesmo após o fecho das sessões parlamentares.

Ver:
250,000 Protest In Israel, Demonstrations Into Second Week
From Tahrir to Israel: “Protest movements inspire greater human understanding”
Problemas sociais geram onda histórica de protestos em Israel


Colonos sugerem aumento de colonização ao governo israelense

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