Máximos históricos consecutivos: desemprego não pára de aumentar
Os dados que constam no relatório do Eurostat revelado hoje, confirmam que o desemprego continua a aumentar em Portugal. Os 12,6% avançados pelo organismo europeu de estatíticas, referente aos meses de Março e Abril, correspondem a um novo máximo histórico e colocam Portugal em quarto lugar entre os países com maior taxa de desemprego da zona Euro, apenas atrás da Espanha, da Irlanda e da Eslováquia. A taxa foi estimada em 9,9% para a zona Euro e em 9,4% para o conjunto dos 27 países da União Europeia.
Os dados oficiais já indicam a existência de cerca de 700 mil desempregados. Sabemos, infelizmente, que a contabilização é conservadora. E, pior ainda, é óbvio que o desemprego vai aumentar gravemente nos próximos meses, nomeadamente com a aplicação das medidas de contrapartida do empréstimo ruinoso com o FMI e a União Europeia.
A caminho de um milhão de pessoas sem emprego, com centenas de milhares de pessoas colocadas à margem do trabalho e cerca de dois milhões de trabalhadores em situação precária: é neste cenário que se planeiam medidas contra o emprego e que atacam a Segurança Social e os apoios a quem precisa e a eles tem direito.
Estes números são trágicos e evidentes, por isso têm de pesar nas escolhas para a governação futura – no entanto, o assunto mereceu pouco destaque na campanha eleitoral e, em particular, o actual primeiro-ministro evitou as questões sobre o tema. Já Passos Coelho aproveitou os dados do relatório para reafirmar a proposta de baixar a taxa social única, ou seja, delapidar a Segurança Social para diminuir a responsabilidade das empresas no seu financiamento.
Consulta o relatório da Eurostat aqui.
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Porreiro, pá.
Quando a malta tiver fome e não existir comida, vamos roubar a SONAE e a Jerónimo Martins. E temos direito a fazê-lo – não sou eu que o digo, foi o próprio Belmiro a dizer isso mesmo há meses.
Porreiro, Belmiro. És um amigão. Not.