No início da crise (2010) já havia quase 2 milhões de pobres

O Inquérito às Condições de Vida e Rendimento do INE, divulgado hoje, tem sempre um enorme atraso relativamente ao tempo presente e mas, ainda assim, podemos verificar os erros que foram cometidos nos últimos 2 anos. Se em 2010, com o desemprego ainda relativamente controlado e com as empresas ainda a conseguirem sobreviver à crise, nota-se já que, sem o apoio da Segurança Social e considerando apenas os rendimentos do trabalho, mais de 2 em cada 5 pessoas seria pobre.
Agora, com o desemprego, com os cortes nos apoios sociais e com o aumento dos baixos salários (lembremo-nos que aumentou muito o número de pessoas a trabalhar com o salário mínimo nos últimos anos para 605 mil pessoas) podemos antecipar que o número de pobres em Portugal aumentou muito e que a situação ainda irá piorar.
A austeridade cria pobreza.






