Nova Zelândia: precários em luta nas lojas Burger King

Do outro lado do mundo chegam notícias duma luta para superar as condições precárias. Os trabalhadores acusam a cadeia Burger King de pagar salários abaixo do legalmente previsto, de pressões constantes nos locais de trabalho, de ameaças de despedimento ilegal e de tentar impedir a organização sindical e os protestos que têm desenvolvido. Já o ano passado uma trabalhadora foi ameaçada de despedimento por ter publicado no Facebook um texto em que falava das condições de trabalho na Burger King.
Trabalhadores das lojas Burger King num protesto recente em Auckland
O sindicato denuncia que o gigante da fast food, não só não cumpre a legislação quanto às cargas horárias e às remunerações, incluindo no que diz respeito às mais básicas condições de trabalho, explorando de forma ilegal trabalhadores, na sua maioria imigrantes mais vulneráveis à chantagem, como tenta impedir a organização destes precários, chegando a pressionar os sindicalizados para que se desfiliem. Em resposta, no passado sábado os trabalhadores da loja da cidade de Blenheim organizaram um protesto silencioso. A cadeia Burger King viu-se já forçada a responder publicamente.

Deixamos a nossa solidariedade para com estes trabalhadores e a sua luta, que continuaremos a acompanhar. Sabemos como nas cadeias de restauração – na Nova Zelândia, em Portugal e em todo o mundo – se estabelecem frequentemente zonas de excepção, em que os direitos não são cumpridos e a regra são os salários de miséria. A determinação destes trabalhadores, sob condições muito difíceis, é um exemplo de coragem e da possibilidade de enfrentar as mais duras precariedades.

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