Passos Coelho anuncia mais cortes para 2012 e defende a inevitabilidade do Regime de Austeridade

Em entrevista à SIC, na passada 4ª feira, Pedro Passos Coelho defendeu o caminho de austeridade como uma rota inevitável rumo ao empobrecimento da grande maioria da população portuguesa. Sublinhou a necessidade de cumprir os objectivos estabelecidos num Orçamento de Estado traçado com linhas anti-sociais e antidemocráticas e admitiu mais medidas de austeridade e de ataque aos salários em 2012 de forma a possibilitar o seu cumprimento. Pelo caminho deixa a promessa de que o país precisa de “dar um passo atrás para depois podermos dar dois à frente”.
À medida que enunciava como inevitáveis as medidas da austeridade e do esmagamento social, Passos Coelho repetia a afirmação de que “os portugueses têm a noção disso”.
Todos os truques são válidos para convencer o povo de que não existem alternativas e que só um Regime de Austeridade nos pode fazer andar para a frente. Mas a vida de todos nós, trabalhadores, desempregados e pensionistas, comprovam-nos o contrário: depois do passo atrás nunca somos nós que andamos para a frente. Na cauda da Europa, à beira mar plantado, encontra-se um dos países mais desiguais da União Europeia, onde muito poucos vivem em cima das possibilidades de todos os outros – os que deram o passo atrás.
Os Precários Inflexíveis não aceitam a imposição política de um horizonte de empobrecimento e destruição do Estado Social para a totalidade dos trabalhadores. Sabemos que existem alternativas e a passada Greve Geral comprovou-o ao mesmo tempo que desmentiu Passos Coelho, porque afinal os muitos milhares de pessoas que estiveram em greve, sabem que existem alternativas e que elas se constroem na rua, com mobilização e democracia.

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