O poço não tem fundo. Como era de esperar, a austeridade levou à queda de 3,5% das receitas ficais e o défice do Estado aumentou 35% nos primeiros cinco meses do ano devido ao custo dos juros da dívida e do pagamento das pensões dos bancários cujas pensões Pedro Mota Soares passou para o Segurança Social no passado ano a fim de garantir uma engenharia financeira para diminuir o défice de 2011. A austeridade, ao contrário do que diz a propaganda oficial, não está a funcionar. Assim, a única forma da garantir a meta do défice, mantendo o Governo o seu curso inalterado, será aumentar as medidas de austeridade. Mas isso vai levar a mais desemprego e menos receita orçamental. O poço não tem fundo. Hoje, o primeiro ministro não confirmava nem desmentia novas medidas de austeridade; para ele ainda é cedo para falar disso.