“Precários presos por um fio” na Amadora
O valor máximo do subsídio diminuiu para 75% do salário líquido anterior, aliado à obrigatoriedade de os desempregados terem de aceitar uma oferta de emprego nesse valor. Esta proposta apenas serve para reduzir os salários.
O conceito de agregado modificou-se, assim como o valor atribuído a cada pessoa, o que leva à impossibilidade de muitas pessoas acederem a um subsídio para o qual contribuíram para a eventualidade de uma situação de desemprego. Sobre isto é curioso observar o exemplo que está no site da Segurança Social, onde se exemplificam as novas regras de capitação do agregado familiar. Neste caso a Segurança Social prevê que uma família de 5 elementos sobreviva com 1.400€ por mês… e nega o subsídio de desemprego ao pai, desempregado.
Para melhorar tudo isto, os dias de descontos obrigatórios são aumentados, passando de 365 para 450 dias.
Sabemos que agora é a hora de falar sobre isto e de protestar, antes que o fio se parta! Não temos ilusões: esta política é a austeridade sem fim à vista. O efeito destas medidas agora implementadas será a permanente austeridade para a maioria, durante longos e penosos anos. Ameaçam-nos também com mais desregulamentação das leis laborais, com mais precariedade, com menos salário, com a destruição dos serviços públicos e do Estado Social. Os Precári@s-Inflexíveis estão e querem estar do lado contrário, juntando a sua voz nesse combate sem tréguas pelo nosso futuro.