Segurança Social de Braga persegue e retalia sobre dirigente da Associação Profissional de Amas
Via – A.P.R.A – Associação dos Profissionais no Regime de Amas
Comunicado: Segurança Social de Braga persegue e retalia sobre dirigente da associação das amas
Uma dirigente da Associação Profissional do Regime de Amas (APRA) está neste momento a sofrer retaliação por parte dos serviços da Segurança Social de Braga. Esta dirigente tem denunciado os múltiplos e sucessivos incumprimentos no desenvolvimento desta actividade. Nos últimos meses, sem razão nem qualquer justificação técnica, a ama foi sujeita a uma grande e abrupta redução do número de crianças a seu cargo. Além das quebras nas rotinas e da desvalorização do seu trabalho, esta decisão inexplicável implica uma enorme quebra nos seus rendimentos. Esta decisão é inexplicável porque, além desta profissional ter vários anos de serviço e uma grande experiência e qualidade de trabalho reconhecida, sabemos que em Braga existem crianças e famílias à espera dos serviços qualificados das amas.
A APRA considera que esta é uma situação de grande gravidade e que coloca em causa o direito à associação e à organização das suas associadas. A APRA não aceita que uma dirigente nacional da associação seja alvo de perseguição por defender os direitos das suas associadas. A APRA é a associação que, desde 1993, representa o conjunto das amas que prestam serviço de creche familiar em todo o país. Tal como nos batemos pelos direitos das nossas associadas e pelos cuidados das crianças de que cuidamos, não admitimos que uma nossa dirigente, no cumprimento da sua actividade, seja prejudicada pelo exercício da sua actividade associativa.
A APRA repudia estes métodos, através dos quais os serviços da Segurança Social tentam pôr “de castigo” uma profissional, procurando desta forma intimidar e pressionar também o conjunto das amas. Demos conta desta situação ao sr. Director Distrital de Braga da Segurança Social, Dr. Rui Barreira, bem como à responsável técnica pelo trabalho das amas no distrito, a Dra. Amélia Monteiro. Apesar da gravidade da situação, não recebemos qualquer resposta às cartas enviadas respectivamente em Outubro e Novembro. Esta situação é também do conhecimento do senhor Ministro da Solidariedade e Segurança Social, de quem aguardamos também uma resposta.
As profissionais do regime de amas trabalham há décadas em prol da educação e do bem-estar das milhares de crianças a quem prestam cuidados, crianças que provêm de famílias com baixos rendimentos e merecem um acompanhamento profissional. As amas, apesar do importante trabalho que têm em mãos e asseguram todos os dias, continuam a ver os seus direitos laborais negados, sem reconhecimento dos contratos de trabalho e sujeitas aos falsos recibos verdes.
Continuaremos a trabalhar pelos direitos das amas, que são diariamente desrespeitados em Braga e em todo o país. A APRA não desistirá da reposição da normalidade nas condições de trabalho da sua dirigente e, apelando desde já aos serviços da Segurança Social e ao Ministério para que procedam imediatamente nesse sentido, não deixará de tomar todas as medidas ao seu alcance.
APRA – Associação das Profissionais do Regime de Amas
5 de Dezembro de 2012
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