Seguro para facilitar despedimentos ainda por cima impede contratações
O Governo apresentou, no final do Conselho de Ministros, um conjunto de 50 propostas para relançar a economia. Entre 48 que ainda estamos para descobrir se saem do papel, há duas que já fizeram rolar muita tinta, até porque foram apresentadas pelo patrão dos patrões, António Saraiva.
A primeira medida é um tecto máximo ao limite das indemizações por despedimento. O seu efeito é que torna os despedimentos mais baratos e desvincula a indeminização do trabalho e tempo de serviço do trabalhador.
Mas a segunda medida é ainda mais caricata. As empresas terão de criar um seguro para poderem pagar as indeminizações aquando do despedimento. Este seguro só servirá para as novas contratações e não poderá ser usado para despedir funcionários já contratados.
Se é verdade que o despedimento dos trabalhadores a serem contratados fica mais fácil, parece também verdade que as novas contratações vão ficar mais caras, porque as empresas terão de pagar para um seguro de despedimento.
Assim, o Governo faz o pleno: facilita o despedimento e dificulta a contratação.
Reacção da CGTP aqui.
Ricardo Santana






